quinta-feira, abril 05, 2007

李振藩 CAPITULO XXXIII: de boca aberta!

Gostos não se discutem.

Aliás, há quem diga que se discutem, que se educam e até que se impõem.
Aqui na China, numa atitude claramente etnocêntrica, já por várias vezes discuti o mau gosto chinês: não há preocupação funcional, muito menos estética. O que safa a coisa é que há tantos estrangeiros na China que a oferta europeia é bem variada e se me apetecer fugir para alguma coisa mais nórdica não há crise. Mas acima de tudo, ou é o espaço que "não me puxa", ou os fumos do restaurante que não são ventilados ou a cadeira que é pouco ergonómica. Talvez seja esquisitice minha, mas é certo que vinha bem habituado.

Tinha-me vindo a aperceber ultimamente que a nossa rua andava em obras. Os tapumes indiciavam que alguma coisa iria aparecer ali por trás. A probabilidade de um restaurante era enorme. Ou de uma mercearia. Até de uma lavandaria, ou de uma casa de jogo. Mas não.

Abriram um dentista. Mas como é que eu sei que é um dentista se a única coisa que identifica um dentista é normalmente uma placa a dizer 'clinica dentária' ou coisa do género? Pois bem, neste caso não podia ser mais explicito. Paredes de vidro, a cadeira do 'coitado' virada para a rua (qual animal de zoo), boca aberta à mercê do médico e matinée à mercê de quem por ali passe.

Só ainda não tirei uma fotografia porque o vidro está salpicado de água e de elixir...

2 comentários:

Anónimo disse...

Zao shang hao!
Grande ideia, assim nem precisam de anestesia nem musica ambiente, isto se nao preferirem arrancar os dentes em casa, com a ferramenta disponivel, um trago de aguardente e mais discrição! Método a seguir pelos dentistas da Segurança Social, poupando uns tustes ao Ministerio da Saúde e ajudando a diminuir o deficit!
Zai jian
Kur re ya de Kam pus

Anónimo disse...

Ni hao?
Tou de volta!
Zen me yang sobre peng ren? Já te desenrascas ou continuas obcecado?
Wo shi hao peng you
Ayi