terça-feira, maio 22, 2007

李振藩 CAPITULO LX: hi-tech

Só japoneses maluquinhos no metro com telemóveis, playstations e afins. Era isto que me vinha à cabeça quando pensava no Japão, antes de p'ra cá vir. E a verdade é que parece que é mesmo assim. Hoje percebi porquê, ao entrar em discussão económico-metafísica com o Kenji. O patamar é efectivamente outro. No final de uma breve introdução ao assunto só não percebia era como é que marcas com pouca expressão na maioria dos países - tipo NEC, Panasonic, Sharp - podiam fazer deste mercado a coisa mais desenvolvida à superficie da terra. Ora vamos por partes:

1º: as marcas são japonesas e os operadores são japoneses.
Ao fim e ao cabo, tudo uma grande família, digamos.


2º: não são as marcas que ditam a inovação, mas as operadoras.
Quer isto dizer que transpondo para Portugal, seria o mesmo que a TMN dizer à Nokia (assumindo que a Nokia é portuguesa...) que queria os próximos telemóveis com a função A, B e C e não o que acontece agora, que é a Nokia que diz à TMN o que ela vai 'comer'. Isto leva a que à partida as operadoras assegurem uma certa uniformizaçãoo em todos os telemóveis e por isso os consumidores, independentemente da marca que possuem, acabam por conseguir 'interagir' com todos os outros modelos.

3º: o preço não é a variável crítica.
Assim sendo, em vez de o 'móbil' ser ter 3 ou 4 telemóveis em casa como acontece em Portugal, cada um tem um, mas bem artilhado. Além disso, o tipo que acha que vender barato é que é, como aconteceu com a VODAFONE no Japão, 'arde' em meia dúzia de dias.

4º: há uma perspectiva comunitária no negócio.
Quer isto dizer que parceiros de negócio nao se atraiçoam uns aos outros em busca do lucro fácil. Criam-se laços familiares em que cada um respeita o espaço do outro, porque afinal de contas a honra sempre vale qualquer coisa.

O resultado disto tudo parece extremamente simples: a maioria dos telemóveis (aí à volta dos 200euros mais 10eur de mensalidade fixa) andam equipados com DCMX (um sistema com um chip no aparelho que serve de cartão de crédito, passe para os transportes públicos, membership cards, chave de casa, etc...), download de mp3 ilimitado a uma taxa de download simpática (5 segundos por música), TV incorporada, consola de jogos, o chamado 2 em 1 (ter dois números, por exemplo o da empresa e o pessoal a funcionar no mesmo telefone), o 'push to talk' (uma espécie de walkie talkie em que se carrega num botão e se fala de borla para os amigos), gps e internet.

Mas o cúmulo é este: os japoneses não conhecem o sms. Porque apesar de todos os telemóveis estarem equipados com esta funcionalidade de que nós, portugueses, tanto gostamos (e que no Natal despachamos aos milhões...), estes amigos desde os primórdios têm como função comum no telemóvel, imagine-se, o email.

Assim sim, dá gosto.
Um abraço a 3.6Mbps,

HuiYi Si

2 comentários:

Diana disse...

Grandes Nipons!
Nós por cá ainda temos muito que aprender, está visto...
Espero que tragas daí muitas e novas ideias para andar com isto prá frente!
Um Beijinho a 7,2Mbps

Anónimo disse...

fónix muito à frente!!! e eu a pensar que a suécia é q estava à frente! :)