16 de Julho de 2009,
O hospital está em obras e entro pelo canto das emergências. Alguém grita deitado no chão, enquanto cinco homens o tentam acalmar. Não entendo a causa, mas dá dó. Ao meu lado um velhote com respiração ofegante e uma mãe que em vão tenta segurar a filha que desata a correr. Por detrás do guichet duas mulheres descontraídas que, a observar pelas caretas que fazem, estão perfeitamente habituadas a este ambiente infernal. É um hospital velho, caótico, terceiro mundista este em que finalmente recebo a segunda dose da raiva. Em vão desloco-me ainda a três farmácias em busca da vacina da cólera mas ao que parece foi abolida na Índia. Não há dia em que esta cidade, que confiantemente apelido já de Bagdade, não me surpreenda. A pobeza miserável que aqui vejo desafia os limites do imaginável e a terminar a manhã uma mulher pobre, meio nua, come as entranhas dum corvo que, ainda só meio depenado, vive os primeiros cinco minutos de morte.
À tarde, depois de um almoço tardio em que me inicio na gastronomia vegetariana do Rajastão, pouco aconteceu. Uma hora num cibercafé e uma cerveja de final de tarde e regresso ao hotel. Termino o início de noite a assistir a mais um êxito de Bollywood e ponho o despertador para as cinco e quarenta e cinco da manhã, porque o trabalho começa às sete. Será o primeiro dia a concretizar o objectivo que me trouxe aqui.
O hospital está em obras e entro pelo canto das emergências. Alguém grita deitado no chão, enquanto cinco homens o tentam acalmar. Não entendo a causa, mas dá dó. Ao meu lado um velhote com respiração ofegante e uma mãe que em vão tenta segurar a filha que desata a correr. Por detrás do guichet duas mulheres descontraídas que, a observar pelas caretas que fazem, estão perfeitamente habituadas a este ambiente infernal. É um hospital velho, caótico, terceiro mundista este em que finalmente recebo a segunda dose da raiva. Em vão desloco-me ainda a três farmácias em busca da vacina da cólera mas ao que parece foi abolida na Índia. Não há dia em que esta cidade, que confiantemente apelido já de Bagdade, não me surpreenda. A pobeza miserável que aqui vejo desafia os limites do imaginável e a terminar a manhã uma mulher pobre, meio nua, come as entranhas dum corvo que, ainda só meio depenado, vive os primeiros cinco minutos de morte.
À tarde, depois de um almoço tardio em que me inicio na gastronomia vegetariana do Rajastão, pouco aconteceu. Uma hora num cibercafé e uma cerveja de final de tarde e regresso ao hotel. Termino o início de noite a assistir a mais um êxito de Bollywood e ponho o despertador para as cinco e quarenta e cinco da manhã, porque o trabalho começa às sete. Será o primeiro dia a concretizar o objectivo que me trouxe aqui.
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