sexta-feira, novembro 09, 2007

李振藩 CAPITULO XCIII: Carta aberta (Tomo I)

Exma.Sra.Dra.Nova Responsável pelo programa Contacto,

antes de mais peço desculpa por não saber o seu nome, mas como elemento dissidente da geração de ouro do Contacto 10 e já excomungado da mailing list interna, não tive a honra de receber o seu email de apresentação a dar-nos conta da necessidade de devolução do computador portátil que tanto jeito me deu ao longo deste passeio de quase 9 meses (e que por sinal já foi devolvido, devidamente formatado para as configurações de fábrica). Sem necessidade de grandes apresentações formais, visto que é bem provável que sejamos família (acabei de ler um livro que garante com uma certeza aterradora que algures na cadeia evolutiva do Homem todos descendemos de meia dúzia de homo erectus que povoaram o nosso Mundo há 2 ou 3 milhões de anos. Sendo assim, e dada a nossa diferença de idades, tia acho que se adequa) passo a explicar o porquê de lhe escrever esta carta.

O sentimento que me move é inquietante. Sinto-me um arauto com o dever moral, porque afinal de contas fiz parte da "nata da nata" durante 6 meses, de redigir uma espécie de 6/9 de relatório de estágio (tal como todos os meus conterrâneos), mas saltando a parte do estágio propriamente dita - tão fraquinho que foi não merece sequer um relatório - e indo de imediato para a parte das opiniões e sugestões de melhoria, onde acredito ter inputs originais (não porque os outros não tenham pensado nelas, mas porque são um pouco politicamente incorrectas e sinto que não as vai encontrar com regularidade nos relatórios que estão para chegar) que poderão trazer finalmente um superávit à instituição.

Vamos então por partes e com método, como gosto, para privilegiar a clareza:

.Definição de Q.I.:
embora alvo de muita discussão e uma noção que comporta sempre uma boa dose de subjectividade (inclusivamente nos grandes foros científicos de especialistas) foi estabelecido for Alfred Binet nos idos anos de 1800 que Q.I. deveria significar Quociente de Inteligência. Concorde-se ou não com a denominação, pela ampla difusão mundial tornou-se senso comum e parece-me que não é de todo apropriado que se mudem assim as interpretações sem pedir autorização. Concerteza concordará. Mas como a teoria e a prática percorrem muitas vezes caminhos distintos, esta noção parece que vem sendo vilipendiada em tudo o que é processo de recrutamento, e a estas horas o homem anda a contorcer-se na campa. Em favor da verdade - ou pelo menos do respeito - Q.I. deverá, goste-se ou não, significar "Quociente de Inteligência" e nunca "Quem Indica". Porque assim, a perpetuar-se esta versão mais underground, teremos de pensar em mudar o slogan do programa de "A nata da nata" para "A nata da nota".

(Final do Tomo I. Tomo II para breve)


4 comentários:

Anónimo disse...

Quero ver o Tomo II porque acho que vem ai fruta...

Abraco da NZ

Nuno Santos disse...

Escreve o Tomo II depressa que quero ver sangue...

Nuno Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Rui, epa... tambem estou na fila para ler o Tomo II!
Mandaste copia a Bobone? (nova directora)... manda ;)
Até breve... espero... suponho que cá venhas comer as faias douradas de Natal :)