quinta-feira, janeiro 31, 2008

李振藩 CAPITULO XCVIII: yes sir!

Esta é a cópia fidedigna do email que recebi hoje lá na empresa, dada a proximidade da semana do ano novo chinês. O remetente é o departamento responsável por zelar pela segurança dos trabalhadores da Unilever China. A avaliar pelo teor, diria que é um misto de "mãe e pai" de todos nós, com uns toques de Mocidade Portuguesa e umas salpicadelas de Prevenção Rodoviária Nacional. No meu caso, veste ainda a farda de tutor para a alfabetização.

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From: China, She
Sent: Thursday, January 31, 2008 4:53 PM
To: China, She
Subject: 春节期间办公室安全注意事项Office Safety notice during holiday

Scroll down for English Version.


亲爱的各位同事,

为了保证春节期间办公室的安全,请大家在离开办公室前整理好各自的工作区域。不要在公共区域及桌面上堆放产品样品、图纸和文件、广告宣传品、包装材料样品等,并将重要文件存放在抽屉或柜子中。我们会安排物业部门协助处理多余物品。

同时提醒大家在长假期间,
- 将个人的贵重物品携带回家,切勿放在办公室内;
- 整理好个人物品并妥善存放,抽屉、文件柜要上好锁;
- 切断电器的电源,以防止发生火灾;
- 注意交通安全。


感谢大家一直以来对我们工作的理解和支持。

祝您和您的家庭新年快乐!

恭喜发财!


联合利华中国SHE&行政部



Dear Colleagues,

In order to ensure office safety during Holiday. Before leaving office, please you clean up your area and don’t put the goods like Product sample, Document and drawing, Advertising and promotion stuff in public area and your desk. Put the important documents in the drawer or cabinet.

Kindly remind you,
- Don’t put your personal valuable property in the office;
- Make sure your drawer and cabinet are locked well;
- Cut electrical power;
- Pay attention to road safety.


Thanks for your cooperation!

Wish you and your family have a happy new year!


GONG XI FA CAI !


Unilever China SHE & Admin.

sábado, janeiro 26, 2008

李振藩 CAPITULO XCVII: commupolitan

More people, more power.

Pronunciada nos idos anos de 49 foi, tanto quando pude apurar, esta a frase que desencadeou a desenfreada política e febre parideira que se instalou neste país e que deu origem ao bonito número de 1.3 mil milhões de pessoas.

Não haja dúvidas que há homens que mobilizam massas.
A todos eles, aquele abraço,

司辉逸



sexta-feira, janeiro 25, 2008

李振藩 CAPITULO XCVI: santíssima trindade

Tinham-me dito que podia correr atrás de ti mas em vão. Avisado que uma matéria sem género não se captura, que embora me persigas indefinidamente não te posso ver, muito menos assustar. Fui aprendendo que um gajo cobarde como tu deixa marcas e foge, que és sádico o suficiente para passar em câmara lenta quando queria que trouxesses foguetes nos pés e que passas com fogo no cú quando devias desfalecer devagar.

Sabia que a tua sensual irreversibilidade faria estragos na minha acalientada memória. E que numa noite descontrolada, seriam um só. Um só blog, parido sem direcção. A quem davam 9 meses de vida.

Tempo, chegou a altura de te confessar que te quero dar mais algum.
Brucelee: a ti, a mim e ao tempo, um brinde em "penálti".

A nós, à santíssima trindade.


segunda-feira, janeiro 07, 2008

李振藩 CAPITULO XCVI: Carta aberta (Tomo IV)

Exma. Sra. Dra.,

esta carta aberta já vai longa. É um facto. Tenho denotado uma queda nas visitas ao blog ultimamente - porque apesar de uma teorização interessante esta conversa tem eventualmente significado apenas para nós e outros que, como eu, fizeram o programa (estes até ao fim) - e como estou a pensar colocar uns banners do google advertising para ver se ganho uns "soldos" há que puxar as estatísticas lá para cima.

Considerações à parte, vamos mais uma vez ao que interessa.

Ao fim de 4 tomos e meio chega de demagogia barata, dizem alguns, porque afinal de contas isto de dizer mal é fácil mas fazer melhor é que eu gostava de ver. Se gostava de ver, basta olhar já aí para o lado. Infelizmente mais uma vez o exemplo não vem de cima mas vem do lado - Espanha. E permita-me que refira que, se não sabe fazer melhor, ao menos copie. Com a mesma matreirice camuflada com que copiamos nos testes do ICEP - que de tão difíceis e decisivos que são não nos resta outra alternativa. Desabafos à parte, e depois de me ter superlativamente informado junto de alguns castelhanos, aqui fica a objectiva resenha do que é fazer um programa CONTACTO espanhol em Shanghai (de agora em diante pCeS) patrocinado pelo tio Zapatero:

1.Recrutamento 1 ano antes.
Todos aqueles que queiram concorrer ao programa candidatam-se um ano antes. Por uma razão simples: porque todos os seleccionados terão de fazer um mestrado em relações internacionais com duração de um ano, pago integralmente pelo Estado. Acho que não necessita de justificações explicativas do foro dos "porquês".

2."Aprendes e acabou-se".
Com a mesma intensidade diplomática das ditaduras e com faro de oportunidade, quem quer vir para Shanghai tem de aprender chinês. Para isso, todo o estagiário é recambiado 3 meses antes para cá para um curso intensivo, antes de começar o estágio. Porque perceber uma cultura e trabalhar num país destes implica sacrifícios, e esse é definitivamente um dos que vale a pena e que que o nosso país pode capitalizar a médio prazo. Isto de querer vir vender vinhos, conservas e cortiça para a China com um grau de First Certificate no bolso, sabendo fazer umas tabelas e uns gráficos de Excel com a ajuda do menú Help e uns efeitos engraçados de Powerpoint é lixo. Se o mandarim não é obrigatório e acha que o inglês é suficiente mande-nos para Hongkong. Se preferir o português, também ach0 que se está bem em Macau.

3.Primeiro trate-se de nós, depois dos outros.
Para ser sincero consigo nunca percebi muito bem porque "carga de água" muitos de nós calhamos a fazer estágios em empresas estrangeiras. Veja bem o meu caso, que acabei na Alcatel-Lucent em Shanghai (a maior empresa de telecomunicações do mundo, franco-americana) quando podia perfeitamente ter dado bem mais, por exemplo na delegação local do ICEP. Pois, é isso mesmo que fazem os espanhóis: todos os estagiários são direccionados para a delegação de Shanghai e cada um deles fica responsável pela dinamização de um dossier comercial, que terá uma avaliação posterior. Por falar em avaliações, duvido que algum dos nossos gestores de conta tenha pelo menos uma noção nanométrica do que fazemos por cá. Podemos perfeitamente andar a ver episódios de Prisonbreak em horário de expediente - como foi o meu caso, explorar o Estado português em 2000eur/mês e levar uma vida de lord sem que ninguém se aperceba. Como sabe o meu caso não é sequer tão crítico nem financeiramente desastroso para si, porque tive o inconformismo suficiente para me despedir ao final de 5 meses e reembolsar o ICEP em quase 5000euros. Mas para todos os outros que por aí andam espalhados pelo Mundo - de dedo no ar arrisco facilmente uns 80% - que passam o dia a contar "carneirinhos", o caso pode ser diferente e o investimento rapidamente passa a custo afundado. Pelo menos no ICEP tenho a certeza que há muito trabalho para se fazer.
Continuando...os espanhóis ficam a trabalhar para o Estado na delegação local do ICEP espanhol durante esse ano, são avaliados trimestralmente e no final só ficam os melhores, desta feita a trabalhar cá por um período até 5 anos em empresas espanholas ou estrangeiras, onde metade do salário será sempre pago pela empresa - no nosso caso, como sabe, o Estado comparticipa a 100%, o que também não ajuda muito a que as empresas vejam em nós um activo que devem capitalizar, diga-se em abono da verdade.


4.Mentalidade tacanha.
Não tenha dúvidas acerca da tacanhez generalizada que se vive nesses corredores do ICEP. Exemplos como "se forem apanhados fora do país onde estão durante o período de estágio serão automaticamente expulsos do programa", pronunciados repetida e orgulhosamente pela sua precedente no CGI, dão-me a volta à tripa. Mas acha mesmo que um tipo que calhou em Bruxelas vai lá ficar 9 meses sem sair? E será que a razão do seguro de saúde estar limitado ao país de estágio é razão suficiente. Estarei enganado ou o programa é para idades acima de 18, pessoal crescido e vacinado que sabe o que quer da vida e não precisa de falsos moralismos? Porque não nos esqueçamos por 1 segundo que a essência do programa é expandir horizontes, reciclar mentalidades e promover o nome de Portugal. Em jeito de confissão dominical posso assegurar-lhe que foi exactamente isso que fiz. E só não o fiz mais porque infelizmente 2000 euros dá para ser rico mas não milionário.

A bem do programa - que já "correu aí pelos corredores está para acabar" - esperando que copie tudo isto depressa, com orgulho e que me dê direito a uma simpática menção de agradecimento quando fizer o discurso de lançamento, leve aquele abraço do,

Messias